O Ciclo natural do carbono

13 de set. de 2024

Agora que já entendemos o que é o carbono, por que ele importa e onde ele está armazenado, chegou a hora de observar como ele se move.

O carbono não está parado: ele circula pela Terra de formas muito diferentes — algumas lentas e estáveis, outras rápidas e intensas.

Essas rotas formam o que chamamos de ciclo natural do carbono, composto por dois grandes movimentos:

• O ciclo geológico, lento, profundo, que acontece ao longo de milhões de anos;

• E o ciclo biológico, rápido, impulsionado pelos seres vivos.

O ciclo geológico do carbono


O ciclo geológico funciona desde que o planeta se formou, há cerca de 4,5 bilhões de anos.

Ele começa com as emissões de dióxido de carbono (CO₂) vindas de vulcões, uma das principais fontes naturais de CO₂ atmosférico no início da história da Terra.

Esse CO₂ se mistura com a água das nuvens, da chuva e dos lençóis freáticos, formando o ácido carbônico (H₂CO₃).

Esse ácido infiltra-se nas rochas — principalmente nas ígneas — e desencadeia um processo chamado intemperismo químico, que libera íons de cálcio (Ca²⁺) e magnésio (Mg²⁺).

Esses íons reagem com os bicarbonatos e formam carbonato de cálcio (CaCO₃), que precipita e, ao longo de milhões de anos, se transforma em rochas carbonatadas — como aquelas vistas em formações montanhosas.

Esse processo é, em essência, a

transformação de um gás atmosférico em mineral sólido

Um caminho de

milhões de anos

Esse ciclo foi — e ainda é — fundamental para regular o CO₂ da atmosfera ao longo da história geológica do planeta.

O ciclo biológico do carbono


Já o ciclo biológico acontece numa escala de tempo mais curta, como o ritmo da vida humana — dias, meses, anos.

Ele envolve as plantas, os animais, os microrganismos e a troca de carbono entre a biosfera e a atmosfera.

Dois processos centrais fazem esse ciclo acontecer:

1. Fotossíntese

A fotossíntese é uma das reações químicas mais poderosas da Terra.

Com luz solar, as plantas convertem:

CO₂ + H₂O + luz solar → glicose (C₆H₁₂O₆) + O₂

Essa glicose é a base para a formação de proteínas, lipídios e ácidos nucleicos — ou seja, a estrutura de todos os seres vivos.

É também a principal via de remoção de CO₂ da atmosfera.

2. Respiração celular

O processo oposto é a respiração celular, feita tanto por plantas quanto por animais:

Glicose + O₂ → CO₂ + H₂O + energia (ATP)

É assim que os organismos liberam o carbono de volta à atmosfera para gerar energia.

Não é a respiração dos pulmões — é uma reação bioquímica que acontece dentro das células.

Um ciclo com saldo

O que torna o ciclo biológico especial é que ele tem um saldo positivo:

Plantas capturam mais CO₂ do que emitem, ao longo do ano;

Oceano também remove CO₂ líquido da atmosfera, especialmente via fitoplâncton.

Esses dois sistemas juntos — terrestre e marinho — ajudam a contrabalançar parte das emissões humanas. Mas não são suficientes para compensar tudo, como veremos nos próximos posts.

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