24 de mai. de 2025

Edição #1: O que é carbono, sua relação com as mudanças climáticas e o CO₂e

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Wikicarbono

Você já deve ter percebido que por aqui o objetivo por aqui é um só: democratizar informações e discussões sobre a economia do carbono. Por isso, criamos a WikiCarbono. Coluna semanal que apresenta 3 conceitos e propõe um desafio ao público.

E como grandes ~entusiastas~ das ciências, vamos usar de um conceito da internet 2.0, chamada a internet social e interativa. Foi lá que o conceito de wiki se desenvolveu. Em resumo, "wiki" significa "rápido" em havaiano e se estabeleceu como uma palavra que se refere a um tipo de website ou plataforma colaborativa onde usuários podem criar, modificar e editar conteúdo de forma rápida. A Wikipédia, por exemplo, é um wiki famoso. Então, por aqui, espere um texto looongo, os conceitos hiperconectados, na lógica dos hiperlinks e vamos construir um glossário definitivo dessa nova economia.

Ah, e você pode enviar pedidos, sugestões ou propor um ajuste — é só comentar nos posts ou enviar sugestões nas redes sociais.

Bora construir um guia definitivo e colaborativo para a sociedade entender e construir a economia do carbono?

  1. O que é CARBONO? 

Bora começar pelo começo, hehe. As ciências definem o carbono como um elemento químico com número atômico 6 — ou seja, possui 6 prótons e 6 elétrons — e massa atômica 12. Ele é o sexto elemento mais abundante do universo e ocupa a 15ª posição em abundância na crosta terrestre, o que o torna comum, mas longe de ser trivial. Sua principal característica é a tetravalência: ele pode formar até quatro ligações covalentes com outros átomo, por isso tem versatilidade única, se compondo em uma enorme variedade de moléculas.

O carbono está presente em quase tudo. Em moléculas inorgânicas, como o metano (CH₄) e o dióxido de carbono (CO₂). Em moléculas orgânicas complexas, como a glicose (C₆H₁₂O₆). Em todos os seres vivos — já que cada célula carrega carbono em sua estrutura fundamental – e o carbono está em proteínas, carboidratos, lipídios, ácidos nucleicos (como o DNA)... Ou seja: a vida é um arranjo de carbono. E por isso decidimos representar com uma galinha, esse elemento químico. Risos.

Mas ele também está fora dos organismos vivos. O carbono também aparece na atmosfera, como CO₂ e CH₄ (metano); na água, dissolvido na forma de ácido carbônico (H₂CO₃) ou bicarbonato (HCO₃⁻); em combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural; em minerais, como giz, carvão mineral, mármore, grafite e diamante; em rochas calcárias, como o calcário e o dolomito, formadas por carbonatos.

Essas formas de manifestação variam bastante em sua dinâmica: algumas são extremamente estáveis, como os minerais e as rochas carbonatadas, outras são altamente móveis, como os gases na atmosfera e os compostos orgânicos nas plantas. A diferença entre carbono estático e dinâmico é essencial para entender como o ciclo do carbono funciona e por que ele é tão central nas discussões sobre clima, energia e uso da terra. Quer saber mais? Clique aqui.

  1. POR QUE CARBONO? 

Por que falamos tanto de carbono quando discutimos mudanças climáticas — ou, então, como um elemento que representa menos de 0,04% da atmosfera pode ter um impacto tão grande no planeta? A resposta é simples: seu protagonismo no efeito estufa

O efeito estufa é um fenômeno natural e necessário. O problema começa quando adicionamos CO₂ em excesso na atmosfera, através da queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural) para geração de energia; e através do desmatamento, que libera carbono estocado em árvores e solos e reduz a capacidade de remoção via fotossíntese.

Historicamente, a concentração de CO₂ na atmosfera permaneceu estável em torno de 280 partes por milhão (ppm) durante milhares de anos. Mas desde a Revolução Industrial, essa concentração vem aumentando e atingiu 422 ppm em 2024. Esse salto de mais de 50% aconteceu em menos de três séculos — um piscar de olhos em termos geológicos — e está diretamente ligado ao aquecimento global e às mudanças climáticas que já sentimos, e ao conceito de antropoceno. Leia mais sobre o assunto.

  1. Mercado de carbono - o que é CARBONO EQUIVALENTE (CO₂e)?

Seguindo esta lógica, o mercado de carbono foi desenvolvido após o Protocólo de Kyoto (1997), como um sistema de compensação e/ou comercialização de emissões de gases de efeito estufa (GEE), em especial o dióxido de carbono (CO₂), criado para incentivar empresas e países a reduzirem suas emissões ou investirem em soluções que removam carbono da atmosfera. 

O CO₂ foi adotado como unidade padrão porque é o gás de efeito estufa mais emitido em escala global, com longa permanência na atmosfera (até 100 anos) e porque ele é facilmente mensurável. Para padronizar as emissões de diferentes gases, criou-se a métrica: CO₂ equivalente (CO₂e) — que converte gases como metano (CH₄) e óxido nitroso (N₂O) em uma mesma base comparável.

O mercado de carbono consiste na compra e venda de créditos para compensar passivos de poluição. Por exemplo, um projeto ambiental que refloresta áreas desmatadas ou preserva a natureza contribui para evitar que o CO2 chegue à atmosfera – é o chamado sequestro de carbono. Esse sequestro de carbono se transforma em crédito que pode ser negociado. Na outra ponta do mercado, empresas que mantêm atividade econômica que contribuem para a emissão de CO2 podem comprar os créditos, realizando assim uma compensação ambiental. Quer saber mais? Leia aqui.

DESAFIO BE YANG

Agora que você navegou pelas definições básicas, na sua percepção, que profissionais estão envolvidos na economia do carbono? 

Envie sua resposta nos comentários abaixo ou no nosso perfil no Instagram e contribua com a enciclopédia colaborativa. Semana que tem mais!

Ps. se você se perguntou sobre o motivo de uma galinha ilustrar este post, além do motivo óbvio de que ela é feita de carbono (hehe), a resposta também vem na próxima semana.

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